Brigadistas relatam dificuldades para combater incêndios na região da Chapada Diamantina: 'Muito perigo' - Ibicoara de Todos

Brigadistas relatam dificuldades para combater incêndios na região da Chapada Diamantina: 'Muito perigo'

Fogo às margens da BR-242 atrapalha a visão de motoristas e aumenta riscos de acidentes. Pelo menos nove cidades registram queimadas em área de vegetação, em todo o estado.

Informações G1 BA e TV Bahia

Fogo na região da Chapada Diamantina (Foto: Redes sociais)
Fogo na região da Chapada Diamantina (Foto: Redes sociais)

Equipes de brigadistas voluntários que atuam no combate às queimadas na região da Chapada Diamantina enfrentam dificuldade nos trabalhos e relatam sentimento de tristeza pela destruição causada pelo fogo. A força-tarefa para acabar com o fogo já dura 16 dias e é complicada por fatores como altas temperaturas e falta de chuvas.

Em alguns casos, as chamas se espalham às margens de rodovias, o que aumenta o risco de acidentes, já que motoristas perdem visibilidade com a fumaça. Essa situação ocorre, por exemplo, às margens da BR-242, no trecho de Lençóis, onde brigadistas se uniram às equipes do Corpo de Bombeiros para fortalecer as ações de combate.

"É muito fogo, muito mesmo. Dá uma dor no coração ver a nossa natureza virar pó desse jeito. A gente trabalha sem parar, mas não dá conta", desabafou um brigadista.

Ainda na BR-242, depois da entrada da cidade de Itaberaba, um foco foi visto por motoristas que passavam pelo local, na terça (21).

Horas depois, brigadistas trabalharam para apagar incêndios na comunidade de Tanquinho, que fica a 20 quilômetros de Lençóis, perto do aeroporto da cidade. O incêndio no local começou no domingo (19), na tarde de segunda-feira (20) as chamas aumentaram por causa do calor.

A Brigada Voluntária da Chapada Diamantina é a mais antiga da Bahia e atua desde 1994. Drones também são utilizados para monitorar as ocorrências, sobrevoando as áreas atingidas.

As queimadas atingem pelo menos nove cidades baianas, segundo o Corpo de Bombeiros. Desde terça, gabinetes de crise foram instalados na Chapada Diamantina e também em Barreiras, no oeste da Bahia.

Região oeste
Fumaça de incêndio em vegetação cobre céu do município de Buritirama (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Fumaça de incêndio em vegetação cobre céu do município de Buritirama (Foto: Reprodução/TV Bahia)

No oeste do estado, as altas temperaturas, a baixa umidade a velocidade dos ventos ajudam a propagar as chamas. Mais de 100 bombeiros, sendo 61 deles deles especialistas em incêndios florestais, e seis aeronaves, ajudam nos trabalhos na região.

Os pontos mais críticos estão na Serra das Emas, em Morpará, no povoado da Nanica, em Barreiras, e na cidade de Luís Eduardo Magalhães, onde o fogo ocorrem em áreas de fazendas.

Região norte
Fogo atinge cidade de Pilão Arcado, no norte da Bahia  (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
Fogo atinge cidade de Pilão Arcado, no norte da Bahia  (Foto: Reprodução/TV São Francisco)

Na região norte, três ocorrências estão em curso, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Em Uibaí, o incêndio acontece há quatro dias e 26 brigadistas atuam no local. Na tarde de segunda, o principal foco foi controlado, mas nesta terça as chamas voltaram a aparecer.

Em Pilão Arcado, o incêndio começou na semana passada semana e mais de 15 quilômetros de extensão de mata já foram destruídas, inclusive, atingindo parte do Piauí.

Em Campo de Lourdes, as chamas começaram na terça, nas regiões de Aroueiras até Baixãozinhos, em um trecho onde há casas e plantações. Cinco bombeiros que estavam em São Raimundo Nonato, no Piauí, foram deslocados para iniciar os trabalhos na cidade.

Região sudoeste
Incêndio em área de vegetação continua pelo terceiro dia no sudoeste da Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Incêndio em área de vegetação continua pelo terceiro dia no sudoeste da Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)

No sudoeste do estado, 23 brigadistas trabalham para conter as chamas no Parque Nacional de Boa Nova, que cobre os municípios de Boa Nova, Dário Meira e Manoel Vitorino. Além deles, bombeiros de Jequié e Contendas do Sincorá e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também estão no local.

O incêndio começou a atingir a vegetação nativa do parque na segunda-feira e a previsão era de que fosse controlado na terça, contudo, as chamas continuaram. Cerca de 50 hectares foram queimados, o que corresponde a 50 campos de futebol.

Compartilhar WhatsApp

Compartilhe e comente nas redes sociais

Compartilhar WhatsApp