Especialista esclarece mitos sobre dor muscular após o treino - Ibicoara de Todos

Especialista esclarece mitos sobre dor muscular após o treino

Existem diversas adaptações no corpo e no pós treino, algumas podem passar despercebidas por ocorrerem de forma muito discreta.


Por Pietro Raña
Pipa Comunicação integrada
(Foto: Reprodução)

Muita gente já deu largada em seu projeto verão, mesmo aqueles retardatários. A poucos dias da maior festa de rua do planeta, algumas pessoas ganham uma dose extra de animação e chegam à academia com a promessa de não desistir. Para alguns, a ideia é ir além da estação e treinar com força total! Mas com tanta energia acumulada e com o curto tempo para um resultado desejado, ao terminar os treinos, algumas pessoas sentem aquelas dores e aí é hora de entender como identificar o que pode ser comum daquilo que pode causar lesão.


Existem diversas adaptações no corpo e no pós treino, algumas podem passar despercebidas por ocorrerem de forma muito discreta. “Quando um pessoa faz um exercício novo ou mais intenso, há sempre uma sensação de dor na região no dia seguinte. Isso ocorre porque durante a sobrecarga ocorrem microlesões nas fibras musculares e, com isso, inicia-se um processo inflamatório no local - que faz parte de um processo de adaptação do sistema neuromuscular”, explica Guilherme Reis, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.


Sempre que se utiliza uma carga acima da que está acostumado ou um estímulo diferente (uma série nova, por exemplo), microlesões são geradas. Por isso é importante entender que esses pequenos danos são algo esperado e importante para a evolução do treino, pois ao recuperar os músculos, o organismo constrói fibras mais fortes e resistentes, e é assim que a musculatura aumenta e o condicionamento evolui. Mas a percepção dessa dor depende da resistência individual. "Essas dores podem começar de quatro a seis horas após o treino e vão aumentando até atingir um pico, que se dá cerca de 24 horas após a malhação. Depois disso, começa o alívio", comenta o especialista. Se não doer, não significa que o treino não foi eficaz. 


A presença ou ausência de dor pode indicar que aquele grupamento muscular está acostumado à intensidade e ao tipo de exercício. No entanto, os benefícios de fortalecimento e ganhos neuromusculares não se relacionam com a dor muscular nem com a hipertrofia. Treinar muito dolorido pode deixar a pessoa exposta a uma lesão mais grave. O melhor é ir com calma, sem forçar a barra. Exagerar pode fazer com que uma microlesão natural se torne algo grave e afaste a pessoa da malhação por mais tempo do que só um dia. “É preciso ter bom senso, ouvir seu corpo e reconhecer se a dor é forte demais. Um alerta de que algo está fora do comum é se ela persistir mais de dois dias. Nesses casos é importante ir ao médico avaliar o que houve", finaliza Guilherme.



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