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Foto: Açony Santos/Reprodução |
Dois focos ativos colocam em risco o Pantanal do Marimbus e região de Pau de Colher
Dois incêndios florestais de grandes proporções estão preocupando ambientalistas e autoridades na Chapada Diamantina. Os focos atingem áreas nos municípios de Andaraí e Lençóis, afetando diretamente regiões de grande importância ambiental, como o Pantanal do Marimbus e Pau de Colher, localizada entre os dois municípios.
A situação é monitorada de perto pelo presidente da Cifa (Combate de Incêndios Florestais de Andaraí), Homero Vieira, que informou neste domingo (22) que uma equipe foi enviada ao local para fazer um reconhecimento da área. “Ainda não temos informações precisas, mas já conseguimos visualizar o fogo à distância”, relatou Homero.
Ações de combate e dificuldades no acesso
De acordo com Homero, o Corpo de Bombeiros já está atuando com o apoio de uma aeronave, que realizou lançamentos de água no domingo. No entanto, o fogo persiste e as equipes por terra enfrentam dificuldades para chegar às áreas afetadas, devido ao acesso complicado.
Além do Corpo de Bombeiros, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), brigadistas do PrevFogo e diversos voluntários estão mobilizados para conter as chamas. A atuação conjunta é essencial, mas ainda encontra desafios logísticos e de comunicação.
Necessidade de gestão unificada para os incêndios
Homero Vieira defende que a gestão dos incêndios florestais na Chapada Diamantina seja centralizada pela Defesa Civil. Para ele, a multiplicidade de órgãos envolvidos – como Bombeiros, ICMBio, PrevFogo e brigadas independentes – dificulta a coordenação das ações.
“A Defesa Civil teria capacidade de articular políticas integradas de combate, o que é essencial em situações como essa, onde cada órgão segue suas diretrizes e comandos diferentes. Isso atrapalha a harmonia entre as equipes e compromete a comunicação no combate”, argumenta Homero.
Impactos ambientais, sociais e econômicos
O presidente da Cifa alerta que os incêndios florestais ultrapassam o campo ambiental. Segundo ele, trata-se também de uma calamidade social, econômica e de saúde pública, devido aos prejuízos para o meio ambiente, comunidades locais e visitantes da região.
Por enquanto, os focos estão localizados em áreas particulares e ainda não ameaçam diretamente o Parque Nacional da Chapada Diamantina. “Vamos aguardar novas informações nesta segunda-feira (23) para entender melhor a evolução do incêndio”, finaliza Homero Vieira.
Planeje sua viagem com responsabilidade
A Chapada Diamantina é uma das regiões mais belas do Brasil, mas também sensível a desastres ambientais. Ao planejar sua visita, mantenha-se informado e siga orientações dos órgãos ambientais e das brigadas locais. Explore com consciência e contribua para a preservação desse paraíso natural.