A menina foi estuprada pelo padrasto e não pôde abortar porque a lei paraguaia proíbe o procedimento nesses casos
Informações Correio24horasUma criança de 11 anos deu à luz na quinta-feira (13) na cidade de Assunção, capital do Paraguai. A menina foi estuprada pelo padrasto e não pôde realizar o aborto porque a lei paraguaia proíbe que o procedimento seja feito em casos de estupro. De acordo com a lei do país, o aborto só pode ser realizado quando a gestação oferece risco à mãe ou ao bebê.
(Foto: AFP) |
Segundo informações do jornal La Nación, o parto, uma cesareana programada, foi realizado na sede da Cruz Vermelha em Assunção. Ainda segundo a publicação, mãe e criança passam bem e devem ter alta em três dias.
Após a divulgação da notícia da gravidez da jovem, que na época que foi violada pesava apenas 34 quilos, diversas ONGs internacionais denunciaram o caso e defenderam que a gestação fosse interrompida.
As organizações alegavam que a menina não não tinha condições psicológicas para ser mãe. A Anistia Internacional chegou a lançar a campanha #NiñaEnPeligro (Menina em Perigo). No entanto, os apelos não foram aceitos pelo governo paraguaio.
O acusado está preso e aguardando julgamento. Caso seja condenado, ele poderá pegar até 12 anos de prisão. A mãe da criança foi detida acusada de acobertar o caso, mas segue em liberdade condicional para apoiar a filha.
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