Declaração foi dada em sua primeira mensagem de Natal 'Urbi et Orbi'.
Francisco falou aos fieis a partir do balcão da Basílica.
O papa Francisco pediu uma paz que "não seja de fachada", o fim da violência na Síria e a garantia do acesso do país à ajuda humanitária em sua primeira mensagem de Natal "Urbi et Orbi" pronunciada nesta quarta-feira (25) na Praça de São Pedro. Francisco também pediu que os ateus se unam a todos aqueles que acreditam em alguma religião e trabalhem por uma paz que possa se espalhar pelo mundo.
"Vamos seguir rezando ao Senhor para que o amado povo sírio se veja livre de mais sofrimentos e as partes em conflito coloquem fim à violência e garantam o acesso à ajuda humanitária", afirmou o Papa a partir do balcão da Basílica, o mesmo local a partir do qual cumprimentou os fiéis no dia 13 de março, após sua surpreendente eleição ao trono de Pedro.
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"A verdadeira paz não é um equilíbrio de forças opostas", advertiu em sua breve, mas densa mensagem.
"A paz é compromisso cotidiano, é artesanal, que se conquista contando com o dom de Deus", clamou. “Eu convido aqueles que não acreditam a desejar a paz. Se juntem a nós com seu desejo. Permitam que todos fiquemos unidos pela paz.”
O papa argentino também pediu "o fim da violência na Síria e a garantia do acesso à ajuda humanitária".
"Muitas (vidas) foram destruídas nos últimos tempos pelo conflito na Síria, gerando ódio e vinganças", reconheceu o pontífice, que dedicou em setembro um dia mundial de oração quando um ataque americano a este país parecia iminente.
Francisco implorou também para que a paz reine em vários países da África, entre eles a República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens", e o Sudão do Sul, onde as tensões "ameaçam a convivência pacífica" deste jovem Estado.
O papa jesuíta pediu negociações entre israelenses e palestinos e que "sejam curadas as feridas do Iraque, atingido por frequentes atentados".
Desabrigados, refugiados, imigrantes
O chefe da Igreja católica lembrou os deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no Congo, e condenou com firmeza o tráfico de seres humanos, que classificou de crime contra a humanidade.
O chefe da Igreja católica lembrou os deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no Congo, e condenou com firmeza o tráfico de seres humanos, que classificou de crime contra a humanidade.
"Menino de Belém, toca o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que percebam a gravidade deste crime contra a humanidade", afirmou o pontífice latino-americano, que mencionou a tragédia na ilha siciliana de Lampedusa, onde quase 400 imigrantes ilegais se afogaram no início de outubro.
"Que não observemos novamente tragédias como as que vimos neste ano com muitos mortos em Lampedusa, que não ocorram nunca mais", rogou o Papa argentino, filho de imigrantes italianos, cuja primeira visita oficial na Itália foi justamente a esta ilha italiana para dar alívio aos ilegais.
Em sua mensagem, pronunciada em italiano, lembrou as vítimas das catástrofes naturais e o "querido povo filipino", atingido pelo tufão Haiyan.
Dirigindo-se aos católicos, mas também aos não crentes, o papa pediu para que pensem "nas crianças, que são as vítimas mais vulneráveis das guerras, mas também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras destroem tantas vidas e causam tanto sofrimento", comentou. Informações G1
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Dirigindo-se aos católicos, mas também aos não crentes, o papa pediu para que pensem "nas crianças, que são as vítimas mais vulneráveis das guerras, mas também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras destroem tantas vidas e causam tanto sofrimento", comentou. Informações G1