Artigo foi apresentado na manhã desta sexta, durante Fórum de Turismo.
Fitas são produzidas por cooperativa no bairro da Ribeira, em Salvador.
Elas são brancas, de algodão, têm 47 centímetros, são feitas a mão e custam R$ 1. As tradicionais fitinhas do Senhor do Bonfim, que agora são produzidas na Bahia, foram apresentadas na manhã desta sexta-feira (13), durante a realização do Fórum Estadual de Turismo, no Centro de Convenções, em Salvador. O tamanho das fitinhas corresponde ao comprimento do braço direito da estátua de Senhor do Bonfim que fica no altar da igreja.
De acordo com Moyses Cafezeiro, presidente da Cooperativa de Produtos e Artigos Religiosos do Estado da Bahia (Cooparc), as novas fitinhas são feitas no bairro da Ribeira pela Cooparc e já estão sendo comercializadas em hotéis da capital baiana. Elas são brancas, sendo que apenas as frases escritas nelas poderão ser coloridas. "Diferentemente das outras, que eram sintéticas, tinham 38 centímetros e eram feitas em produção industrial em São Paulo, essas são feitas completamente à mão", explica.
De acordo ambulantes da região da Igreja do Senhor do Bonfim, anteriormente as fitinhas custavam R$ 0,50. Agora, com o novo material, a unidade sai a R$ 1.
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Cafezeiro conta ainda que cerca de 70 trabalhadores participam da produção das fitinhas. Diariamente, cinco mil artigos como esse são produzidos pela cooperativa em Salvador.
Segundo Cássia Magalhães, superintendente do Serviço Turístico da Bahia, uma outra diferença das novas fitas para as que são feitas em São Paulo é que elas são mais "frágeis". "Quando você amarra, ela parte. Não dura para sempre. Agora seus desejos podem se tornar realidade", brinca.
Os ambulantes aprovaram a nova fitinha. No entanto, alguns deles reclamaram dos artigos serem apenas na cor branca. "Gostei, achei bonito. Mas tem que ser colorido porque cada cor representa um orixá", disse o ambulante Gilmar de Santana.
Os turistas também gostaram da novidade. Os paulistas Sônia e Jonas Cervone afirmaram que vão procurar um lugar para comprar as novas fitas. "Achei muito bonita, maravilhosa. O material é bem delicado. Com as outras a gente fazia os pedidos e acaba cortando a fita porque demorava e ficava suja. Com essa vai ser mais rápido", disse Sônia.
O secretário de Turismo, Domingos Leonelli, afirma que o estado participa na produção das fitas através da formação de mão-de-obra qualificada. "Esse era o elo que faltava entre a produção local e o turismo. "Essa produção local tem uma grande identificação social. Agora nós pretendemos ampliar esse apoio e criar outras fábricas", destaca. Informações G1 BA
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