Um incêndio iniciado no dia 26 de janeiro ainda persiste em uma área entre os municípios de Ibicoara e Iramaia, na Chapada Diamantina. De acordo com Soraia Martins, chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), o fogo não apresenta mais labaredas visíveis, mas continua queimando as turfas – material orgânico presente sob a superfície –, o que torna o controle mais desafiador.
A dificuldade no acesso à região atingida, combinada com a escassez de água e a ausência de aeronaves de apoio, tem atrasado a completa extinção do incêndio. Soraia explicou que a paralisação do helicóptero utilizado pelos bombeiros da Polícia Militar (CBPM) ocorreu devido à restrição no fornecimento de combustível, comprometendo a atuação aérea.
“Estamos com uma brigada no local desde ontem [quarta-feira] e, nesta manhã [quinta], seguiremos por terra. Apesar da ausência de chamas, a área ainda apresenta grande quantidade de fumaça”, relatou Martins.
Apoio da Prefeitura de Ibicoara
A Prefeitura de Ibicoara tem prestado auxílio direto no combate ao fogo. Segundo Luiz Pimenta, secretário municipal de Meio Ambiente e Turismo, equipes de brigadistas voluntários estão atuando desde o início da ocorrência.
“Já temos uma equipe no terreno e, nesta sexta-feira [amanhã], vamos subir com outro grupo para eliminar os focos que ainda surgem e realizar o monitoramento contínuo da área”, informou Pimenta.
Possível foco de incêndio em Andaraí
Também houve relatos de um possível foco de incêndio nas proximidades do Roncador, em Andaraí, outra área da Chapada Diamantina. Os registros foram encaminhados aos brigadistas do grupo Combatentes a Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa) e ao PNCD.
Em resposta, agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e integrantes da Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral) realizaram uma varredura estratégica a partir de pontos de observação, como os mirantes e a torre de Lençóis. Contudo, não foi identificada nenhuma atividade de fogo na região durante a noite.
“Não sabemos se a informação era equivocada, se o fogo apagou por si só ou se foi combatido antes da nossa chegada, mas nenhum foco foi detectado”, esclareceu Soraia Martins. Ela também destacou que a Bral permanece em estado de prontidão caso novas ocorrências sejam registradas.