O incêndio que atingiu áreas da Mata Atlântica em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, foi finalmente controlado nesta segunda-feira (14), conforme informou o Corpo de Bombeiros. Apesar do avanço no combate às chamas, as autoridades alertam que a região ainda requer monitoramento constante, já que novos focos podem surgir a qualquer momento. A confirmação definitiva de extinção total só será possível após 48 horas de observação contínua.
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Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros |
Incêndio no Vale do Rio Buranhém foi o mais preocupante
De acordo com o Tenente-Coronel Resende, comandante do 6º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM), o foco principal estava localizado no Vale do Rio Buranhém, área que trouxe grandes transtornos à população local. Com apoio aéreo e terrestre, as equipes conseguiram controlar o fogo após mais de uma semana de esforços intensos.
A operação envolveu uma força-tarefa integrada, com apoio do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), que forneceu um helicóptero para ajudar no combate aéreo às chamas.
Fogo teve origem humana e durou mais de 10 dias
As chamas começaram no dia 2 de março e se espalharam rapidamente, devastando a vegetação nativa e comprometendo a fauna local. Segundo as investigações, o incêndio foi causado por ações humanas, com destaque para queimadas ilegais e uso irresponsável de fogos de artifício. A estiagem prolongada na região também favoreceu a propagação do fogo.
Áreas atingidas e prisão em flagrante
Além do Vale do Rio Buranhém, outros focos de incêndio foram registrados em diversas localidades de Porto Seguro:
- Mundaí
- Outeiro da Glória
- Estrada para Arraial D’Ajuda
- Fazenda Tabatinga (entrada do município)
- Bairro Xurupita
No bairro Xurupita, a Polícia Militar prendeu um jovem de 23 anos em flagrante, no momento em que ele ateava fogo em uma área de vegetação. A prisão reforça os alertas sobre a importância da conscientização e da punição para quem provoca esse tipo de crime ambiental.
Impactos à fauna e à comunidade
O incêndio causou mortes de animais silvestres e representou um risco direto à biodiversidade local. Além disso, a fumaça e os transtornos gerados pelas chamas afetaram a qualidade de vida dos moradores das regiões atingidas.
Como você pode ajudar?
Se você vive ou visita áreas de preservação ambiental como a Mata Atlântica, evite o uso de fogo em qualquer circunstância, especialmente em períodos de seca. Denuncie atividades suspeitas às autoridades competentes e contribua para preservar esse bioma tão importante para o Brasil.
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