Incêndios Atingem Chapada Diamantina: Focos em Andaraí, Mucugê e Vale do Capão Mobilizam Brigadas Voluntárias

Incêndios Atingem Chapada Diamantina: Focos em Andaraí, Mucugê e Vale do Capão Mobilizam Brigadas Voluntárias

Por Rodrigo Anjos

Três focos de incêndio colocam a natureza da Chapada em alerta desde sexta-feira (11)


Foto: Divulgação/Brigada Voluntária Marchas e Combates

A Chapada Diamantina enfrentou mais um fim de semana de tensão com o surgimento de três incêndios florestais em diferentes áreas do Parque Nacional, de acordo com informações repassadas pela equipe do Parque e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os focos foram registrados nos arredores de Andaraí, Mucugê e Vale do Capão, gerando mobilização de brigadistas voluntários e órgãos ambientais.


Incêndio em Andaraí: fogo persiste desde sexta-feira

O primeiro foco foi identificado na Serra do Ramalho, nas proximidades de Andaraí, por volta das 17h de sexta-feira (11). Segundo Pablo Casella, analista ambiental do ICMBio, o incêndio ainda não foi controlado totalmente até o momento. Brigadas voluntárias de Andaraí e Barra da Estiva continuam atuando no combate ao fogo em uma ação intensa e desafiadora.


Mucugê: foco controlado após ação conjunta

No sábado (12), por volta das 11h da manhã, um novo alerta de incêndio surgiu nos arredores de Mucugê. A resposta foi rápida: equipes do Prevfogo/Ibama, ICMBio, Corpo de Bombeiros e brigadas voluntárias de Mucugê e Barra da Estiva se uniram para combater as chamas. O fogo foi controlado e declarado extinto na noite de domingo (13), evitando danos maiores à vegetação local.


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Vale do Capão: combate noturno e vigilância contínua

Já no domingo (13), um novo incêndio teve início na região conhecida como Gerais dos Vieiras, nas imediações do Vale do Capão. A brigada voluntária local agiu de imediato e retornou ao local às 4h da manhã de segunda-feira (14) para continuar os trabalhos. Apesar do controle parcial, o fogo ainda não foi completamente extinto.


“O fogo foi contido, mas ainda precisa de uma ação específica de extinção. Infelizmente, faltam pessoas para concluir esse trabalho”, explicou Casella.

 

Ainda há suspeita de outro foco emergente, observado nas proximidades do Morro Manoel Vitor, embora não esteja claro se se trata de um novo incêndio ou do mesmo já controlado em parte.


Incêndios são independentes, mas todos têm causas humanas

Segundo Casella, os três incêndios são casos isolados, sem conexão direta entre si. “As áreas atingidas são distantes umas das outras, então não há relação entre os focos”, afirmou.


As causas, no entanto, apontam para a ação humana. De acordo com o analista, a grande maioria dos incêndios na Chapada tem origem humana, seja por negligência, acidente ou de forma intencional.


“O clima pode acelerar a propagação, mas raramente é a causa. Em 99% dos casos, o fogo começa por intervenção humana”, explicou Casella. “Relatos de incêndios naturais causados por raios são conhecidos, mas extremamente raros. Não há combustão espontânea nesse ecossistema.”

 

Há apenas uma suspeita em relação à origem do incêndio em Mucugê. Brigadistas voluntários acreditam que o fogo tenha sido iniciado por uma pessoa da região, conhecida por apresentar transtornos mentais e com histórico de incêndios anteriores.


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Pedido urgente por apoio aéreo

Casella também fez um apelo público por apoio aéreo no combate aos incêndios. Segundo ele, helicópteros são essenciais para alcançar rapidamente locais de difícil acesso e auxiliar na contenção das chamas.


“O combate terrestre é valente e necessário, mas o suporte aéreo é fundamental. Precisamos urgentemente de mais helicópteros como os utilizados pelo Graer da PM e pela Casa Civil do Estado”, reforçou.

 

Prejuízos ainda não foram contabilizados

Até o momento, não há estimativa oficial sobre os danos causados pelos incêndios. O monitoramento segue ativo em todas as regiões afetadas, com equipes prontas para novas intervenções caso surjam novos focos.



Planeje sua visita com responsabilidade

A Chapada Diamantina é um dos destinos mais incríveis do Brasil, mas também é um ecossistema sensível. Se for visitar a região, evite qualquer prática que possa causar incêndios, como acender fogueiras ou descartar resíduos inadequadamente. O turismo consciente ajuda a preservar esse paraíso natural para as próximas gerações.


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