Direto do Chile, onde participa da Copa América Feminina, embaixadora do Pnud destaca que o esporte ajuda a aceitar diferenças entre pessoas, além de ser ferramenta para “desviar jovens do caminho errado”; Marta Vieira da Silva avalia que preconceito a mulheres no futebol diminuiu.
Informações ONU News
Neste 6 de abril, a ONU comemora o Dia Internacional do Esporte para Desenvolvimento e Paz. As Nações Unidas lembram que os esportes são um direito fundamental de todos, com o poder de promover integração social, desenvolvimento econômico e ideais de paz e solidariedade.
Um exemplo claro deste poder do esporte é a trajetória da jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, Marta Vieira da Silva, também atleta do time americano Orlando Pride.
Embaixadora do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, Marta Vieira da Silva. (Foto: Pnud/ Divulgação) |
Evitar violência
O futebol faz parte da vida dela desde a infância na cidade de Dois Riachos, em Alagoas. Em entrevista à ONU News direto de La Serena, no Chile, onde participa da Copa América Feminina, Marta destacou como o esporte pode transformar vidas.
“O esporte em si é uma ferramenta muito rica em todos os sentidos, especialmente para que a gente possa desviar os jovens, os adolescentes, do caminho errado. O esporte é saúde, é educação, é cultura, é igualdade de gênero. Quando eu comecei, eu comecei pensando em de alguma maneira ajudar a minha família, pois era o único recurso que eu tinha e que eu sabia que eu fazia bem.”
Menos preconceito
Embaixadora do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, ela já participou de várias campanhas humanitárias, promovendo o direito de mulheres em Serra Leoa e defendendo o fim da violência de gênero.
Eleita pela Fifa como a melhor jogadora de futebol do mundo por cinco vezes, Marta garante que o preconceito contra as mulheres no campo está diminuindo.
“Lógico que não chegou num nível que a gente espera, mas a gente vê uma diferença absurda. Na minha infância, quando eu jogava lá em Dois Riachos, nenhuma menina se atrevia a jogar porque era uma discriminação muito grande. E hoje o futebol é praticado por todas lá na cidade. E foi realmente através da nossa história, alguém tinha que começar e tinha que encarar isso, para mudar a realidade. Então se eu não tivesse começado, até hoje as pessoas iam achar que o futebol era algo totalmente voltado para o mundo masculino e hoje já não é mais.”
Para Marta, entrar em campo não significa apenas “jogar e vencer, mas fazer várias pessoas felizes e interagir com gente do mundo inteiro”, levando “esperança de um futuro melhor”.
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