Gersal, gergelim, chia, bebidas a base de extratos vegetais, vegetais verde-escuros e frutas secas são opções
Por: Luana Dallabrida | Weber Shandwick(Foto: Reprodução) |
O cálcio é um nutriente essencial em diversas funções biológicas do organismo, como a contração muscular, transmissão do impulso nervoso ou sináptico, coagulação sanguínea, e ainda participa da formação dos ossos. Ele auxilia no controle dos batimentos cardíacos e, junto com a vitamina D, previne a osteoporose (perda de massa óssea). Mas, pessoas com intolerância à lactose precisam reduzir o consumo de leite e derivados ou excluir da dieta, e por isso, possuem maior tendência para a deficiência deste nutriente.
De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Anhanguera de Pelotas, Chirle Raphaelli, 70% do cálcio alimentar é proveniente do leite e seus derivados, e em seguida, estão alimentos como vegetais verde-escuros e as frutas secas. "Intolerantes à lactose podem utilizar o gersal, gergelim ou a chia, porém em refeições que não contenham carnes para a melhor absorção do cálcio. O ferro e o cálcio juntos não são absorvidos pelo organismo", explica.
As opções de bebidas a base de extratos vegetais (soja, arroz, milho, castanha, entre outros), chamados de leite vegetais, também são enriquecidos com cálcio. Outra opção são os leites ou iogurtes com lactose reduzida ou zero lactose (indicados apenas para indivíduos que possuem algum grau de intolerância), que também possuem quantidade elevada de cálcio.
Outra alternativa são os cereais integrais (aveia e granola), frutas secas, como os damascos desidratados e as uvas passas e oleaginosas (amendoim, castanha-do-pará e amêndoas) Os peixes como as sardinhas e alguns frescos também possuem altas doses deste mineral. As necessidades diárias de cálcio variam de pessoa para pessoa e em diferentes fases da vida. Adolescentes precisam de maior quantidade de cálcio do que adultos.
Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, a enzima digestiva lactase, que quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite.
Segundo dados da pesquisa Datafolha, no Brasil, 35% da população com idade acima de 16 anos, cerca de 53 milhões de pessoas, relatam algum tipo de desconforto digestivo após o consumo de derivados do leite. Levando em consideração a estimativa de 2015 do IBGE, esse valor corresponde a mais de 1/3 das pessoas dentro desta faixa etária.
A pesquisa mostra que entre a pessoas que relataram algum tipo de desconforto gastrointestinal, 88,2%, jamais receberam um diagnóstico médico, a maioria homens com mais de 35 anos. Apenas 4% dos entrevistados relatam terem ido procurar ajuda médica e, dentre esses, 1% foram diagnosticados com intolerância à lactose, o que corresponde a 1,5 milhão. As mulheres apresentam maior incidência da doença, correspondendo a 59% dos casos.
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