Dois aviões do modelo Air Tractor, enviados pelo Ibama, pousaram por volta das 17h desta terça-feira (15) no aeroporto de Tanquinho, no centro-sul da Bahia. As aeronaves chegaram para reforçar as ações de combate ao incêndio de grandes proporções que já devastou aproximadamente 9 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
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Incêndio na região do Gerais do Vieira, próximo ao Vale do Capão | Foto: Gilberto Filho |
Aeronaves auxiliam, mas não são suficientes
Os aviões são de pequeno porte, com capacidade de carregar entre 2 mil e 3 mil litros de água. Apesar de serem um apoio importante, especialistas alertam que sua atuação sozinha não é suficiente para controlar o avanço do fogo em regiões de difícil acesso.
Marcela Marins, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), destaca a necessidade de um reforço mais eficiente. “Os helicópteros são fundamentais porque conseguem transportar brigadistas diretamente até os focos do incêndio, algo que os aviões não fazem”, explica.
Helicóptero deve chegar à região
Atendendo aos pedidos das equipes em campo, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) anunciou o envio de um helicóptero modelo Esquilo. A aeronave está prevista para chegar à Chapada Diamantina no início da tarde de quarta-feira (16), oferecendo suporte mais direto às ações terrestres.
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Fogo começou na Serra do Ramalho e segue em direção ao Vale do Pati
O incêndio teve início na última sexta-feira (11), na região da Serra do Ramalho, próximo ao município de Andaraí. Segundo Homero Vieira, presidente da Associação dos Combatentes de Incêndios Florestais de Andaraí (CIFA), o fogo já se aproxima do Vale do Pati, uma das áreas mais visitadas e preservadas da Chapada.
“A radiação é tão intensa que nem os ossos dos animais sobrevivem. Estamos pedindo um helicóptero há três dias, mas até agora só temos perdas. Sem essa ajuda, fica impossível conter o avanço das chamas”, desabafa Homero.
Foco no Gerais do Vieira volta a ameaçar região
Outro foco de incêndio que havia sido parcialmente controlado no domingo (13), na região dos Gerais do Vieira, próximo ao Vale do Capão, voltou a ganhar força. Durante a madrugada desta terça-feira, o fogo se espalhou novamente e, à tarde, atingiu a nascente do Rio Preto — uma importante fonte hídrica da região.
O ICMBio estima que essa nova frente de incêndio já tenha atingido cerca de 7.500 hectares.
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Impacto ambiental e urgência na resposta
A Chapada Diamantina é uma das áreas mais ricas em biodiversidade do Brasil e qualquer queimada nessa região representa uma perda imensa para o ecossistema. Animais silvestres, nascentes, vegetação nativa e até mesmo o turismo local sofrem impactos diretos com a devastação provocada pelo fogo.
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