Sindicato de professores protesta por reajuste salarial na Bahia - Ibicoara de Todos

Sindicato de professores protesta por reajuste salarial na Bahia

APLB diz que 80% da categoria parou as atividades nesta sexta-feira (24).
G1 entrou em contato com algumas escolas e aulas ocorrem normalmente.


Informações G1 BA
(Foto: Imagens / TV Bahia)
O Sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA) faz um dia de protestos nesta sexta-feira (24), na Bahia, e diz que cerca de 80% dos professores da rede estadual de Salvador e interior do estado pararam as atividades. O G1 entrou em contato com algumas escolas na capital baiana e recebeu a informação de que as atividades ocorriam normalmente durante esta manhã.
Na quinta-feira (16) os professores também pararam as atividades para reivindicar reajuste salarial e em protesto nacional contra a PL 4330, que amplia a terceirização.
Segundo Rui de Oliveira, coordenador geral da APLB, nesta sexta-feira, o sindicato completa 63 anos e um protesto por melhorias na educação e em prol de reajuste salarial acontece na Praça da Piedade, centro de Salvador. O sindicalista afirma que cerca de 1.000 professores estão concentrados no local.
"Essa manifestação é pelo acordo de reajuste de 8,75% no salário da APLB e 6,41% na categoria dos professores em geral. O governo quer dividir esse reajuste de 6,41% em 2 vezes, mas nós não aceitamos esse acordo. 80% da categoria na Bahia aderiu a essa luta", afirmou.
Durante a manhã, G1 entrou em contato com os colégios Manoel Devoto e Alfredo Magalhães, ambos no Rio Vermelho; Colégio Estadual Luis Viana, em Brotas; Colégio Estadual Assis Chateaubriand, em São Caetano, e as secretarias afirmam que as aulas ocorrem normalmente. Os professores estão lecionando vestidos de preto, em luto pelas decisões tomadas pelo sindicato que não agradam a categoria.
Segundo Vanessa Matos, professora do Colégio Estadual Bento Gonçalves, no bairro Fazenda Grande do Retiro, a paralisação não foi aceita. "Hoje darei aula normalmente no turno da tarde. Estamos de luto, pois eles [sindicato] definiram uma agenda de paralisações que essa agenda não foi acatada nas assembleias. Sobretudo, eles querem comemorar uma data de aniversário e não temos o que comemorar, diante do cenário de decepções", informou ao G1. A professora também acrescenta que os colégios Praia Grande, em Periperi e Castelo e Clériston Andrade, em Itacaranha também não tiveram aulas afetadas.
Já Rui Oliveira se opõe à afirmação da categoria e alega que "qualquer oposição é válida, porque esses professores são de partidos políticos opostos. Esse grupo não tem nenhuma representatividade", rebateu.
A Secretaria de Educação informa que as aulas prejudicadas por qualquer motivo serão repostas para o cumprimento dos 200 dias letivos do calendário escolar. E afirma que os "gestores das unidades escolares que sofreram alteração nas suas atividades, ficarão responsáveis pela elaboração, juntamente com o colegiado escolar, do cronograma de reposição de aulas e encaminhamento para os Núcleos Regionais de Educação (NRE). A Secretaria se responsabiliza pela fiscalização".
Confira na íntegra o posicionamento da Secretaria de Educação referente à pauta de reivindicações do sindicato.

"Em relação à pauta de reivindicação da categoria, a Secretaria informa que já está sendo tratada pelo Estado.
1 - A melhoria da educação é a prioridade do Governo do Estado que lançou no último dia 30/03 o Programa Educar Para Transformar – Um Pacto pela Educação na Bahia. O Programa visa à melhoria da qualidade da educação, por meio de uma rede de parcerias entre o Estado, municípios, educadores, estudantes, gestores, famílias, universidades, empresas e organizações sociais. Mais de 300 prefeitos baianos já assinaram o termo de compromisso.

2 - O Plano Estadual de Educação já está em fase final de elaboração e será enviado para a Assembléia Legislativa no mês de maio.

3 - A proposta de aumento e reajuste linear para os servidores está sendo conduzida na mesa de negociação pelas secretarias estaduais de Administração (Saeb), Fazenda (Sefaz) e Relações Institucionais (Serin) com as representações sindicais
", informa.-
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