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Investigador suspeito foi indiciado por homicídio qualificado por corregedora.
Tese de legítima defesa é descartada pela polícia; crime ocorreu em julho.
O policial civil suspeito de matar uma criança em Amargosa, o que motivou revolta da população na cidade baiana, foi indiciado por homicídio qualificado, segundo informa nesta quarta-feira (20) a corporação. O inquérito foi encaminhado à Justiça pela corregedora chefe, delegada Heloísa Brito. O crime aconteceu no dia 16 de julho.
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| População protestou um dia após série de ataques (Foto: Ruan Melo/G1) |
criança chegou a ser socorrida para um hospital da região, mas já chegou sem vida.
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Laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) constatou que o tiro saiu da arma de Carlos Raimundo de Jesus Cardoso, durante perseguição policial no bairro Catiara. O inquérito de 116 páginas aponta que os depoimentos vão de encontro à tese de legítima defesa apresentada pelo policial. Cópia do inquérito foi encaminhada para análise do Gabinete do Delegado Geral (GDG), que vai decidir sobre a instauração de processo administrativo disciplinar.
A delegada sugere suspensão preventiva da função policial do suspeito, que foi transferido para a 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Amaro). A prisão vai ser definida pela Justiça. O suspeito é também vereador em Cachoeira, cidade no recôncavo baiano.
Nova delegacia
A nova delegacia foi entregue 19 dias após a revolta. Segundo a polícia, após ataques, o antigo imóvel corria risco de desabar, por isso eles precisaram de uma nova sede, agora instalada na Praça do Bosque, local central da cidade. Ainda de acordo com a polícia, a nova delegacia está localizada num ponto estratégico e com o reforço de novos policiais e investigadores.
A nova delegacia foi entregue 19 dias após a revolta. Segundo a polícia, após ataques, o antigo imóvel corria risco de desabar, por isso eles precisaram de uma nova sede, agora instalada na Praça do Bosque, local central da cidade. Ainda de acordo com a polícia, a nova delegacia está localizada num ponto estratégico e com o reforço de novos policiais e investigadores.
A polícia disse também que dos 16 presos que foram libertados da carceragem após a invasão, apenas quatro permanecem foragidos. E com relação ao caso da criança, a corregedoria está investigando o caso e o envolvimento do policial na ação.
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| Carros foram incendiados e virados durante revolta em Amargosa (Foto: Marcello Dial/Site Voz da Bahia) |
Entenda
Após a morte de uma menina de um ano de idade, um grupo invadiu e destruiu a delegacia da Polícia Civil da cidade de Amargosa, no dia 16 de julho, além de promover diversos atos de vandalismo na cidade. Segundo uma moradora da cidade que preferiu não se identificar, a ação dos criminosos ocorreu por conta de uma ação da polícia.
Após a morte de uma menina de um ano de idade, um grupo invadiu e destruiu a delegacia da Polícia Civil da cidade de Amargosa, no dia 16 de julho, além de promover diversos atos de vandalismo na cidade. Segundo uma moradora da cidade que preferiu não se identificar, a ação dos criminosos ocorreu por conta de uma ação da polícia.
"Eles [policiais] entraram na casa de uma mulher, atrás de um traficante que estava fugindo deles, e acabou acertando um tiro em uma criança", explica. De acordo com informações da PM, a criança chegou a ser socorrida para um hospital da região, mas já chegou sem vida.
Segundo com a moradora, o grupo estaria circulando pela cidade, virando e incendiando carros e fazendo ameaças a todos. "Eles passaram aqui na frente, encapuzados, dizendo que iam colocar fogo em tudo. Nós estamos apavorados. Apagamos as luzes e estamos calados em casa para não perceberem que estamos aqui. A cidade está isolada", afirma. Informações G1 BA
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| Morador exibe foto da criança que foi morta após ação da polícia (Foto: Ruan Melo/G1) |
