Mensagem teria sido trocada entre padrasto e mãe do menino morto.
Advogado de Longo entrou com pedido de habeas corpus nesta quinta.
A Polícia Civil confirmou ter descoberto no final da tarde desta quinta-feira (21) uma mensagem de telefone celular enviada por Guilherme Longo a Natália Ponte, padrasto e mãe do menino Joaquim, que menciona um seguro da família. A informação pode ajudar nas investigações da polícia sobre a morte da criança, cujo corpo foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), em 10 de novembro.
Na tarde desta quinta, o advogado de Guilherme Longo entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Antônio Carlos de Oliveira enviou um representante a São Paulo para protocolar o pedido. Longo e Natália estão presos temporariamente. O padrasto de Joaquim é considerado pela polícia o principal suspeito do desaparecimento e da morte da criança. O casal já prestou vários depoimentos à polícia e alega inocência.
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O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que coordena as investigações, informou que a mensagem pode ajudar a polícia a apurar o desaparecimento e a morte, porém destacou que a pista ainda é vaga e não permite apontar de que tipo de apólice o casal estaria tratando, nem quem seriam os beneficiários.
“Na verdade não se trata de modo claro que seja uma apólice de seguro de vida do Joaquim. Então a gente precisa analisar. É uma mensagem que menciona alguma coisa sobre seguro, mas pode ser qualquer tipo de seguro. Estamos analisando essa mensagem, verificando a existência dessa seguradora e qual a finalidade desse seguro”, afirmou.
Reconstituição
O delegado disse que a realização da reconstituição, instrumento que considera imprescindível para concluir o inquérito, dependerá de um esquema reforçado de segurança nas proximidades da casa onde Joaquim morava com a mãe e o padrasto.
Durante a reconstituição, a polícia irá refazer os passos do padrasto já que, em depoimento, Longo afirmou que saiu da casa para comprar drogas na madrugada do sumiço, mas não encontrou quem fonecesse e retornou cerca de 40 minutos depois. Ele teria trancado o portão, mas e deixado a porta da sala enconstada para não acordar a mulher.
O caso
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de dentro de casa, em Ribeirão Preto (SP), na madrugada de 5 de novembro. O corpo foi encontrado cinco dias depois, boiando no Rio Pardo. Ele foi enterrado na segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP), cidade natal da mãe.
A mãe e o padrasto estão presos temporariamente, considerados suspeitos de envolvimento no sumiço e na morte da criança. A Justiça decretou a prisão temporária do casal por 30 dias. Nesta segunda-feira (18), a Justiça também negou o pedido de revogação da prisão de Longo, que deve pedir habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
O promotor que acompanha o caso, Marcus Túlio Nicolino, afirmou que a polícia e o Ministério Público continuam trabalhando com ‘a linha de que o assassino estava dentro da casa’.
A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.
O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da criança e que devem ficar prontos em 20 dias. Para especialistas, a morte causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o hormônio é rapidamente processado pelo organismo.
Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta contradições. Natália descreve um perfil agressivo do marido e diz que ele sentia ciúmes dela e do enteado. Ela conta que já foi ameaçada de morte por Longo e que ele castigava Joaquim. Sobre a relação do casal, Natália afirma que desde janeiro os dois começaram a se desentender.
No entanto, Longo nega as agressões e ameaças, e diz que não é uma pessoa ciumenta. Ele afirma que tinha um bom relacionamento com Joaquim e que era muito carinhoso com o menino. Segundo ele, o relacionamento com Natália começou a ter um desgaste em setembro deste ano, quando ela descobriu que ele havia voltado a usar cocaína. Informações G1 BA
O delegado disse que a realização da reconstituição, instrumento que considera imprescindível para concluir o inquérito, dependerá de um esquema reforçado de segurança nas proximidades da casa onde Joaquim morava com a mãe e o padrasto.
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de dentro de casa, em Ribeirão Preto (SP), na madrugada de 5 de novembro. O corpo foi encontrado cinco dias depois, boiando no Rio Pardo. Ele foi enterrado na segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP), cidade natal da mãe.
A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.